Bolsa de Valores na crise: o que aconteceu com ela?

2020 começou otimista, com os investidores empolgados com a economia brasileira. A Bolsa de Valores passava pelo seu melhor momento, tanto que o Ibovespa, principal índice do mercado de ações, atingiu mais de 119 mil pontos em 23 de janeiro, seu maior recorde.
Então, chegou a pandemia do Coronavírus e mudou completamente o cenário que se desenhava. Isolamento social e quarentenas ao redor do mundo travaram as economias dos países, causando uma das maiores crises econômicas mundiais de todos os tempos.
A Bolsa de Valores brasileira, com a crise, foi uma das que mais se desvalorizaram e despencou, seguindo o movimento de baixa dos outros países.
Março, o mês da virada
As incertezas e o pânico provocado pelo Coronavírus causaram uma reviravolta no mercado de ações. Em dois meses, a Bolsa saiu de seu maior patamar histórico e caiu quase pela metade, 47%, chegando aos 61 mil pontos em 23 de março.
O mês de março foi um dos mais difíceis para quem investe em renda variável, que viu seu patrimônio diminuir consideravelmente. Em um intervalo de 8 dias, foram 6 circuit breakers na Bolsa brasileira.
Esse mecanismo é acionado quando o Ibovespa cai mais de 10% e serve para acalmar os ânimos do mercado diante de tanta volatilidade.
Mesmo com um cenário tão negativo, os investidores não se assustaram com as fortes quedas registradas. Muito pelo contrário, a B3 registrou 2,38 milhões de CPFs cadastrados até o mês de abril. Esse número é 41,8% maior, se comparado com o mesmo mês do ano passado. Vale lembrar que um mesmo CPF pode ser contado mais de uma vez se tiver cadastro em corretoras diferentes.
O que explica então esse aumento no meio de uma das crises mais graves que enfrentamos? O comportamento do investidor mudou com o maior acesso à educação financeira, mas a redução da taxa básica de juros também contribuiu para essa tendência.
Atualmente, a taxa Selic está em 2,25% ao ano, o menor patamar histórico.
Recuperação
Com os juros mais baixos, as aplicações em renda fixa estão cada vez menos atrativas, mal superam a inflação. O investidor que deseja obter uma maior rentabilidade deve tomar um pouco mais de risco, por isso a preferência pela renda variável no momento.
Isso explica, em parte, o motivo da recuperação do Ibovespa no primeiro semestre. Após as mínimas do mês de março, o principal índice da Bolsa engatou um movimento de alta e subiu 60%, mas ainda acumulou uma queda de 17,8% após a primeira metade do ano.
O pior da crise parece já ter ficado para trás, mas as incertezas ainda vão pairar no ar, enquanto não houver a descoberta de uma vacina contra o vírus.
Investir em renda variável é muito mais psicológico do que qualquer outra coisa. Isso é que vai evitar de cometer erros quando tudo parece estar perdido.
Por isso, é importante montar uma carteira diversificada com uma parcela dos recursos destinados a aplicações de maior risco e uma boa reserva de emergência. Cadastre-se em nosso site e fique bem informado sobre tudo que acontece no mercado financeiro.
Se ainda tiver alguma dúvida sobre o que aconteceu com a Bolsa de Valores com a crise, é só comentar aqui embaixo.
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